Perda de peso induz redução dos fatores de risco para o desenvolvimento das doenças crônicas

LEAL. V.M.; BRAGA, S.; FREITAS-SANTOS.

Introdução: A obesidade é uma doença crônica, que se caracteriza por inúmeras repercussões  orgânicas, psíquicas e sociais; tornou-se, ao longo dos últimos anos, um grave problema de saúde pública,  decorrente da elevada morbimortalidade que a ela se associa¹. Seu tratamento é complexo e  inespecífico devido à sua origem multifatorial e ao fato de que os pacientes ainda obtêm maiores  benefícios com o tratamento conservador, neste são prescritas dietas hipocalóricas, aliadas à atividade  física e à mudança comportamental². 

Objetivo: Demonstrar a evolução ponderal e clínica de pacientes  internados para o tratamento e controle da obesidade mórbida. 

Métodos: Trata-se de um estudo de  coorte retrospectivo, tendo sido coletados dados do prontuário médico de 449 indivíduos, internados  na Clínica da Obesidade (CO), Camaçari, Bahia, compreendendo o período de 2011 a 2013. Todos os  pacientes foram submetidos à restrição calórica, com dieta entre 500 e 1000 Kcal/dia, à prática diária de  atividade física, ao acompanhamento intensivo pela equipe transdisciplinar da área de saúde (médicos,  nutricionistas, educadores físicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais).  Durante esse período, exames bioquímicos foram realizados mensalmente, e o peso e pressão arterial  (PA) aferidos diariamente. 

Resultados: No início do tratamento, o IMC médio foi de 42,95 Kg/m² e  os pacientes, em sua maioria, tiveram alta médica com obesidade grau 1 (média de 33,94 kg/m²), isso  em cerca de 134 dias. A perda de peso média inicial foi de 8,14% e nos meses subsequentes 13,1%,  17,5%, 21,5%, 24,6%, e, após seis meses, a ponderação alcançou a marca de 27,3%. Essa elevada perda  de peso registrada impactou positivamente na melhora de todos os parâmetros avaliados, cujo  resultado, ao final do tratamento, apresentou os seguintes dados: 99,9% dos pacientes apresentaram  glicemia normal (<100mg/dl), 89,9% apresentavam triglicerídeos <155 mg/dl, 98,6% colesterol <  240mg/dl, 80,75% LDLc <100mg/dl, 53,1% HDL>45 mg/dl nas mulheres e >40 mg/dl nos homens.  Com relação à PA, 97,1% apresentaram valores de normalidade para a pressão sistólica (<140mmHg)  e 96,9% apresentavam a pressão diastólica normal (<80mmHg). 

Conclusão: O tratamento  conservador da obesidade em regime de internamento favoreceu efetivamente a perda de peso e foi  eficaz na melhora e controle de todos os fatores de risco associados à obesidade.

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